1999
- O Início (Toten 1)
Em
1999, mais ao certo no mês de abril daquele ano, jovens da
comunidade Santa Maria Goretti, localizada no bairro Jorge Teixeira,
Zona Leste de Manaus, deram os primeiros passos para uma iniciativa
que mais tarde seria responsável pelo norte na vida de outros
adolescentes da comunidade, e por que não dizer de outros bairros.
Lidiane Barbosa, Fabiano Nascimento e Gilberto da Silva, membros do
grupo Juventude ao Encontro de Cristo (JEC) criaram o Jornal
Expressão Jovem.
Ainda
no inicio da caminhada, sob muitas dificuldades estruturais e de
conhecimento, esses jovens receberam uma visita do jornalista
hondurenho José Antônio Chirinos, que veio ao Brasil para trabalhar
em ações missionárias. Com Chirinos, o grupo começou a ter acesso
a informações sobre a área da Comunicação e dos Direitos
Humanos. A partir de então instituíram na comunidade católica que
atuavam a Pastoral da Comunicação (Pascom).
Inicialmente,
as primeiras edições do Expressão Jovem foram confeccionadas em
formato A4, com uma tiragem de 50 exemplares. O jornal levava à
comunidade informações sobre as ações da Igreja e mais tarde
passou falar da Área Missionária e dos problemas enfrentados pela
população do bairro.
Sob
nova coordenação, e ainda com o apoio de Chirinos, o Expressão
Jovem sofreu mudanças no formato e ampliou a sua tiragem. Dos 50
exemplares, o periódico chegou a mais de 2 mil jornais, com o
formato A3. Entre as colunas de maior sucesso do jornal, à época,
foi a denominada “Recadinhos do Amor”, por meio da qual os
comunitários, principalmente os jovens, trocavam recados apaixonados
e até mesmo de cobranças.
-
- - - - - - - - - -- - - - - - - --
2000
(Toten 2)
Em
2000, o Expressão Jovem ganhou cor e a impressão começou a ser
feita em papel couché. Para isso, José Chirinos ensinou aos jovens
a produzir projetos para buscarem financiamento. As primeiras
melhorias do jornal vieram por meio de recursos obtidos com uma
instituição alemã. Entre os avanços da época foi o primeiro
computador, máquina fotográfica, scaner, impressora e seis meses de
impressão do jornal.
-
- - - - - - - - - - -
2001
(Toten 3)
A
produtividade do jornal Expressão Jovem começava a exigir novos
passos, e para tanto mais formação sobre os meios de comunicação.
Durante um almoço de confraternização do grupo, Chirinos
apresentou aos jovens uma nova proposta: estruturar um curso de
comunicação voltado à comunidade.
Um
dos objetivos era apresentar ferramentas aos participantes e desta
forma possibilitar a eles a produção de veículos alternativos de
comunicação e por meio deles levar experiências a comunidade,
gerando assim novos grupos de comunicadores.
Na
concepção do projeto nasceu o nome: Curso de Comunicadores
Populares de Base (CCPB). Ainda nesse ano, os jovens e o jornalista
hondurenho deram o formato ao curso, dividindo-o por módulos.
-
- - - - - - - - -
2002
(Toten 4)
Nas
manhãs de domingos, de abril a dezembro, mais de 40 jovens, de 12
comunidades católicas da Área Missionária Santa Maria Goretti se
reuniam para a primeira edição do Curso de Comunicadores Populares
de Base (CCPB). Os encontros eram realizados na sede de formação da
comunidade Cristo Rei, localizada no bairro João Paulo, Zona Leste.
José
Antônio Chirinos convidou profissionais da área de comunicação
para ministrar oficinas e palestras. As jornalistas Ivânia Vieira e
Lúcia Carla Gama e o radialista Marcos Filgueiras estavam entre os
convidados.
Quando
da conclusão do curso, os jovens que participaram do curso passaram
a participar da Pastoral da Comunicação e nela se envolveram na
produção do Expressão Jovem. Nesse momento, dezembro de 2002, José
Chirinos anunciou aos jovens que precisava voltar ao seu país,
Honduras, o que aconteceu em março de 2003.
Com
a partida do jornalista os jovens ficaram desanimados, pois não se
sentiam preparados para dar continuidade aos projetos sozinhos. Neste
ano, o jornal deixou de ser produzido, por falta de recursos para a
impressão, e em 2003 se pensou que tudo acabaria por ali mesmo,
inclusive o Curso de Comunicadores Populares de Base.
-
- - - - - -
2004
(Toten 5)
Depois
de muitos encontros e dias de reflexão, e o incentivo de outro
missionário, desta vez o italiano Tarcisio Lot, os jovens
remanescentes da Pascom resolveram dar continuidade ao curso. A
segunda edição ocorreu em 2004, na Escola Themístocles Pinheiro
Gadelha, no bairro Jorge Teixeira.
A
fórmula do curso realizado 2002 foi reutilizada pelos jovens com
alguns ajustes nas oficinas. Ocorre que os contatos da primeira
edição tinham sido estabelecidos, e por meio deles, os mesmos
profissionais que se dispuseram a levar conhecimento naquele primeiro
momento aceitaram o novo convite, desta vez como parceiros
realizadores do Curso de Comunicadores Populares de Base.
O
curso passou a ser feito durante as tardes de sábado. Neste ano, com
o auxílio da professora e jornalista Ivânia Vieira, o curso ganhou
o título de atividade de extensão da Universidade Federal do
Amazonas (UFAM).
-
- - - - - - - - - -
2005
(Toten 6)
Dois
integrantes do grupo de jovens, Emerson Quaresma e Ivan Brito, que
ajudaram a construir o curso desde a sua gênese, ingressaram na
universidade, no curso de Comunicação Social – Jornalismo. Na
academia, passaram a enriquecer a formação do CCPB e unir os
conhecimentos acadêmicos com os adquiridos na comunidade. Dentro da
faculdade Ivan e Emerson convidaram seus colegas para viver a
experiência de um curso de comunicação popular.
A
partir dessa edição muitas mudanças ocorreram nos módulos de
capacitação e novos palestrantes e oficineiros passaram a colaborar
com o curso, sempre ostentando os eixos dos Direitos Humanos e da
Comunicação Social. Em 2005, a formação contou com oficinas de
rádio, jornal impresso, filosofia, motivação, dentre outras
-
- - - - - - - - - - -
2007
(Toten 7)
Oficinas
de rádio, comunicação comunitária e alternativa, palestras de
economia doméstica, incentivo à prática da leitura e oficina de
redação, foram algumas das atividades desenvolvidas durante o
curso.
As
experiências vividas pelo fotógrafo Antônio Lima, do Jornal A
Crítica, foram compartilhadas por ele com os participantes do curso.
A
cada edição, o curso sofre modificações no cronograma de oficinas
e palestras, mas mantém os eixos principais que reforçaram a sua
criação. Neste ano, o CCPB passou a ter no quadro de participantes
vagas reservadas para estudantes universitários.
-
- - - -
2008
(Toten 8)
Por
se tratar de um ano eleitoral, a edição de 2008 do curso contou com
uma oficina sobre política partidária. O facilitador da oficina foi
o já jornalista Emerson Quaresma, um dos organizadores do curso e,
na época, repórter da editoria de Política do jornal A Crítica.
Durante
a formação, os participantes se dividiram em grupos com seus
respectivos candidatos e estruturaram campanhas políticas,
elaborando propostas e apresentando projetos para os eleitores com o
olhar natural da comunidade.
-
- - - - -
2011
(Toten 9)
Nessa
edição, além das oficinas já previstas nos cronogramas
anteriores, o CCPB contou também com uma oficina sobre mídias
sociais. Durante a atividade, os participantes produziram programas
de rádio comunitária e fanzines (uma espécie de revista temática
criada com recortes de desenhos e textos).
Ao
final de cada edição do curso os participantes fazem uma avaliação
de todo o processo que passaram durante a formação em comunicação
comunitária. Durante a conversa, eles também expõem os projetos
que formularam a partir das experiências vividas durante o Curso de
Comunicadores Populares de Base.
-
- - - - - - --
Conheça
algumas pessoas que ajudaram a organizar o Curso de Comunicadores
Populares de base
(Toten 10):
Fotos
dos facilitadores.
Ivânia
Vieira
Odinéia
Araújo
João
Bosco Ferreira
Tenório
Telles
Maurília
Gomes
Antônio
Lima
Cleodomar
Vianna
Marcos
Filgueiras
Padre
Ricardo Castro
Jorge
Eduardo Dantas
Thaís Brianezzi
- - - - -- - - -
(Toten
11)
Outras
atividades envolvendo comunicação comunitária
Paralelamente
ao Curso de Comunicadores Populares de Base (CCPB), atividades
envolvendo comunicação em comunidades de todo o estado.